Com certeza esse foi o post mais difícil de fazer, uma análise sobre Brasil 1x2 Argentina, resultado que poucos esperavam por tudo que aconteceu até o jogo na competição. Uma Argentina muito abaixo do esperado e a seleção brasileira indo bem.
Logo aos 3 minutos, começava o drama. O capitão Bruno Uvini saiu machucado e deu lugar ao zagueiro Saimon. Mais tarde, foi constatada uma fratura na fíbula do jogador do São Paulo. Mas não parou por ai, pois aos 6, numa jogada completamente inconsequente, o outro zagueiro brasileiro Juan deu um tapão na cara de Funes Mori. Para desespero dos brasileiros, o juiz viu e marcou pênalti. Para piorar, o zagueiro foi expulso de forma correta. O próprio Funes Mori foi para a cobrança e marcou o primeiro gol argentino.
Daí pra frente, a seleção se baseava em dois jogadores puxando as principais jogadas: Danilo e Neymar. Ambos pelo lado direito, conseguiam boas jogadas individuais, cavando algumas faltas e cartões. Numa dessas jogadas, o lateral brasileiro fez bela jogada e cruzou na cabeça de Neymar que mandou para o gol e o arqueiro Andrada fez uma defesa espetacular, tirando aquele que seria o gol de empate da seleção. A Argentina chegou apenas uma vez com perigo, em jogada individual de Iturbe, que cortou para o meio e chutou com perigo ao lado direito da meta defendida por Gabriel.
Na segunda etapa, logo aos 30 segundos de jogo, Funes Mori, após erro de Romário, teve a chance de matar o jogo e saiu cara a cara com o goleiro brasileiro, que não teve muita dificuldade para defender o chute fraco do atacante que defende o River Plate. Passado o susto, o que se viu foi uma Argentina acuada em seu campo de defesa e um Brasil valente, guerreiro, e com lampejos de sua técnica, quando o meia Lucas apareceu mais para o jogo, coisa que não aconteceu na primeira etapa. Em três jogadas individuais, o meia tricolor costurou a zaga argentina e finalizou com perigo.
Até que aos dez do primeiro tempo, o gol tão esperado aconteceu. Após cobrança de lateral, Neymar jogou para o atacante Willian José, que ajeitou e fuzilou para o fundo das redes, soltando aquele grito de gol, que é muito mais gostoso contra a Argentina, ainda mais sofrido da forma que vinha sendo. 1 a 1 e um pouco de alivio.
Porém, após esse gol, pareceu-me que a seleção não soube controlar um resultado razoável e com um jogador a menos, e perdeu a importante organização que tinha o levado ao primeiro gol. Uma seleção afobada, sem se preocupar atrás e se lançando mais ainda para a frente. O castigo veio aos 22, após reposição de bola estranha, Iturbe enfileirou de forma espetacular a defesa brasileira e com categoria, bateu na saída do goleiro brasileiro, fazendo o 2 a 1.
Novamente atrás no placar, a seleção mais desesperada ainda se lançou de vez para frente, deixando muitos espaços atrás. Para a sorte brasileira, a Argentina não criou chances nesses espaços. o Brasil só chegou em bolas paradas, em falta perigosa batida por Neymar sobre a meta, e pouco depois, Casemiro mandou no travessão. Como não era nosso dia, a bola bateu no braço de Andrada e saiu para escanteio. Mais alguns chuveirinhos sem sucesso e veio o primeiro revés do Brasil na competição.
Considerações finais
- seleção novamente individualista, sem jogo de equipe, sem tabelinhas, bolas em profundidade, jogadas organizadas. Era bola nos pés dos meias e eles que resolvessem no drible. Aí fica difícil
- Gostei da atuação de Fernando e Danilo. O volante jogou como um autêntico "camisa 5", protegendo a área brasileira lado a lado e foi bem, fazendo vários desarmes. Já o lateral-direito, até o segundo gol argentino, teve sua melhor atuação na seleção, tanto defensivamente, como ofensivamente, marcando bem, e saindo na hora certa e construindo boas jogadas ofensivas.
Para a partida contra o Equador, o Brasil não terá Juan e Neymar, suspensos, e Bruno Uvini, que não joga mais na competição. Entram Saimon, Romário e, provavelmente, Henrique. A seleção não terá zagueiros no banco.
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