Como tá virando rotina, o Santos conquistou mais uma de suas "goleadas" por 1 a 0, contra o Cerro Porteño, no Pacaembu, que recebeu pouco mais de 31 mil pagantes. Público abaixo do esperado para uma semifinal, principalmente por conta do horário, que prejudica vários torcedores na volta, que não encontram mais transporte público cicrulando. Parabéns Globo!!
Voltando ao jogo em si, O que se viu no começo da primeira etapa, foi um Santos nervoso, errando muitos passes, pouco criativo e o adversário até certo ponto tranquilo, com a posse de bola no campo de ataque se aproveitando da ansiedade santista, mas não criou chances concretas de gol. A primeira chance foi do Santos em um contragolpe puxado por Neymar, que deixou Léo na cara do gol, mas o goleiro do Cerro fechou bem e impediu o gol santista.
A partir daí o Santos se acalmou um pouco mais, e começou a criar perigo para o Cerro, em falta de Elano, que passou perto da trave, e em chute de Zé Eduardo que passou por cima(se ele deixa pro Danilo era gol). Na bola aérea, o Cerro quase fez de cabeça com Benítez em apagão da defesa alvinegra. Até que veio o gol, que tirou o grito que estava entalado na garganta dos mais de 36 mil santistas no pacaembu, e dos milhões de santistas espalhados pelo Brasil. O toque de bola característico surgiu, assim saiu um ataque mais bem organizado, eficiente, e com a magia de Neymar. Elano sofreu pênalti, mas ainda conseguiu rolar para Danilo, que soltou em Neymar, que deixou 3 zagueiros para trás em velocidade, e cruzou perfeitamente para Edu Dracena concluir para as redes; a bola tocou na trave e já caiu dentro do gol, abrindo o placar para o Santos, aos 43 minutos.
Edu Dracena comemorando o gol da vitória (Foto: Site Santos FC)
Ainda havia tempo para um susto enoorme, em mais uma bola aérea do Cerro. Cabeçada à queima-roupa da linha da pequena área de Júlio dos Santos, e defesa espetacular de Rafael, para alívio alvinegro, no último lance do primeiro tempo.
Na segunda etapa, a cautela e inteligência foram características novamente, assim como nos dois jogos contra o Once Caldas. Um Santos mais calmo, controlando mais a posse de bola, sem se expor demais. O Cerro continuava fechado e só chegava em bolas aéreas, o 1 a 0 era considerado bom para eles.
A primeira chance clara só saiu aos 16 minutos, Neymar saiu bem do marcador e soltou em Danilo, que girou e achou Elano livre, que emendou cruzado. Por muito, muuito pouco Zé Eduardo não saiu da seca de gols, a bola passou muito perto.
Em seguida, o jogo ficou mais lento, Elano mais cansado não conseguia dar a mesma dinâmica da primeira etapa, tanto que o Santos só chegou com perigo novamente aos 26 minutos; após bola espirrada, Neymar achou um lindo remate de primeira, que tinha endereço, cep, tudo certinho, mas Barreto tratou de desviar a correspondência para escanteio.
Como de costume, Neymar foi o principal jogador santista em campo (Foto: globoesporte.com)
Alguns minutos depois, a primeira alteração santista, Zé Eduardo deu lugar a Maikon Leite. Zé Love saiu vaiado por muitos, e aplaudido por alguns, e aos poucos, vai esgotando cada vez mais a paciência dos torcedores santistas com ele. Léo também foi substituido por lesão, AlexSandro entrou em seu lugar. No primeiro lance de ambos, o lateral santista arrancou pela esquerda e cruzou para o atacante que cabeceou para fora. Maikon Leite entrou bem no jogo, aparecendo bem nos contragolpes pelo lado direito de ataque, num desses, Arouca deixou para o avante, que chutou por cima. No último suspiro do jogo, Neymar enfileirou novamente a zaga paraguaia e cruzou, a bola desviou e sobrou para Alan Patrick, livre, na pequena área, com o gol livre, ampliar e fazer a festa no paca. O meia chutou em cima do goleiro, para o desespero dos torcedores, e para o apito final.
A VISÃO SANTISTA EM NÚMEROS
Rafael: 7 (Defesa espetacular no primeiro tempo, e só, pouco exigido no resto do jogo.)
Pará: 5,5 (Afobado demais no 1º tempo, depois se acalmou e não comprometeu)
Edu Dracena: 8,0 (Marcou o gol da vitória e foi bem na defesa)
Durval: 7 (Atuação segura do "cangaceiro" da vila)
Léo: 7 (Enquanto esteve em campo, foi bem, funcionou como válvula de escape em vários momentos e deu conta)
Adriano: 6,5 (Seguro na marcação, deu alguns sustos em saídas de bola arriscadas)
Danilo: 7 (Apagado no começo, foi muito bem na segunda etapa, na marcação, e aparecendo mais à frente)
Arouca: 7 (Equilibrando suas ações entre ataque e defesa, foi bem quando foi à frente, e não comprometeu atrás)
Elano: 6,5 (Movimentou-se bem no primeiro tempo, mas morreu fisicamente na etapa final)
Neymar: 7,5(Caçado como sempre, armou a maioria das jogadas de ataque na individualidade, deu a assistência do gol, mas perdeu mais jogadas de ataque que o normal)
Zé Eduardo: 6,5 (Esforçado, correu muito, mas pecou em finalizações, como vem sendo de costume)
AlexSandro: 5 (Entrou no fim, e não comprometeu.)
Maikon Leite: 6 (Entrou no fim, se movimentou muito, e finalizou razoavelmente em duas chances. Arrisco que será titular na volta.)
Alan Patrick: 4 (Entrou no fim também, e fez o favor de perder um gol feito, que praticamente nos classificaria para a final)
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