Na Vila Belmiro praticamente lotada, com aproximadamente 12 mil torcedores, o Santos recebeu o Botafogo-Sp pela 13ª rodada do paulistão. O público maior que o do jogo pela libertadores contra o Cerro explica-se por alguns fatores: primeiro o horário, sábado às 18h30 é muito mais acessivel que as 22h de quarta. Segundo, o preço que caiu muito com relação à libertadores, 30 reais arquibancada o mais barato. Outro fator que colaborou para o público foi a eleição do novo estatuto, que levou muitos sócios à baixada para votar e aproveitaram para assistir o jogo. E o último e talvez mais importante: a volta do maestro Paulo Henrique Lima, o popular ganso.
O craque santista começou jogando no banco, não houve alteração alguma em relação ao time que começou jogando contra a Portuguesa, mesmo esquema e mesmas peças, mas a atuação na primeira etapa foi bem diferente. Um time desligado, errando muitos passes e tentando jogadas da forma errada, através de lançamentos longos e sem usar as características de seus homens de frente, a velocidade e habilidade. Para piorar a situação o lateral Jhonathan saiu machucado com 15 minutos de jogo. Em seu lugar, entrou o polivalente Pará, que não tem a mesma qualidade que Jhonathan.
Na primeira etapa, o Santos pouco criou. Quando chegou, foi de longe, em 2 chutes de Elano. No mais, alguns cruzamentos pelas laterais mas sem sucesso. Neymar estava muito bem marcado e pouco produziu, Zé Love muito isolado também quase não tocou na bola. A equipe de Ribeirão preto também não criou grandes chances, a melhor delas foi num chute sem sucesso do volante Tulio. No mais, o que se viu foi uma enormidade de passes errados e jogadas sem sucesso.
Na volta para o intervalo, a segunda alteração santista: a volta de Ganso, após 199 dias sem atuar, entrou no lugar do atacante Diogo, peça mais efetiva do ataque na primeira etapa. Aclamado pela torcida, que esperava que o garoto mudasse o jogo. Mas não tão rapidamente. Primeira bola, toque de lado e corrida para a ponta. Segundo toque, com 30 segundos de jogo, e um lançamento de gênio para Zé Love, que correu no fundo e cruzou para Elano fuzilar e abrir o placar no alçapão: 1 a 0 e explosão na vila!!
A torcida extasiada com o gol ainda não tinha visto tudo. Aos 7, Pará deu passe espetacular para Zé Love que foi no fundo e cruzou pro Maestro marcar seu gol e coroar de maneira brilhante a sua volta aos gramados: 2 a 0 e a certeza de que o Ganso é o cara, independente de ficar quase 200 dias sem jogar.
a comemoração de Ganso na sua volta aos gramados após 199 dias sem atuar
A partir daí, dominio absoluto do Santos, que tocava a bola com paciência e não corria riscos, com Ganso dominando o meio prendendo a bola e já mostrando lampejos do cracaço do ano passado, com passe de calcanhar, toques de efeito, etc. Nesse domínio foram-se quase 30 minutos de jogo sem problemas. Somente depois dos 43 do segundo tempo que o Santos relaxou muito e deu espaços ao Botafogo. Numa falta na entrada da área, cruzamento e Anselmo descontou aos 44, numa falha de Rafael. Mas nada que tirasse o brilho da volta do maestro!
Ainda deu tempo de um pequeno embosco dos garotos com a retaguarda adversária, numa cobrança de falta curta, Fernando Miguel, que não viu a cor da bola, entrou de forma criminosa no meia santista e foi expulso no ato, no lance final da partida.
Com os 2 a 1 o peixe assume a liderança do Campeonato Paulista. Foi a 28 pontos, mesmo número do Palmeiras. A vantagem, porém, é santista por causa do saldo de gols: 16 a 12. Agora, o Peixe precisa secar Corinthians e São Paulo, que jogam neste domingo, para terminar a rodada na ponta. Elano, agora com nove gols na competição, aumenta sua vantagem sobre os concorrentes na tabela de artilheiros.
As atenções voltam agora para a libertadores, que na próxima quarta tem o Colo Colo fora de casa, e necessita urgentemente da vitória. O alvinegro está na terceira colocação do grupo 5 com 2 pontos em 2 jogos, atrás do time chileno que tem 3 pontos em 2 jogos e do Cerro, que tem 5 pontos em 3 jogos.
ecoou no alçapão.....
-> A volta de PH Ganso trás muitos benefícios para a equipe santista: um camisa 10 de qualidade acima da média, que, na teoria, tira o esforçado, mas pouco eficiente Diogo da equipe, e de quebra volta Elano para sua posição, como um terceiro homem de meio-campo, sem a sobrecarga de ser o armador da equipe. Agora o camisa 8 ajuda mais a saída de bola e aparece na frente como homem surpresa, como já foi no primeiro gol.
-> Destaque para a boa atuação dos volantes santistas, Danilo e Adriano: o carequinha atuando como 5 mais uma vez fez uma atuação segura, com bons desarmes e algumas faltas bobas. Já o lateral-volante-meia vem de bela atuação contra a Lusa e hoje cumpriu bem novamente a função de segundo volante, ajudando na marcação e fazendo uma boa distribuição na saída de bola alvinegra.
-> É impossivel pedir calma para os santistas com relação à Ganso, mas é o mais sensato a se fazer: Ele vem de 7 meses sem jogar, ainda está fora de forma e tem muito a melhorar ainda. Um jogo de tanta importância no Chile, contra o Colo Colo, ele não sentiria. Mas o melhor a se fazer é deixá-lo no banco novamente, pois não se sabe se o time chileno é muito violento, e também não se conhece a situação do gramado da partida e nem condições climáticas que deixariam o campo pesado e difícil de se jogar, ainda mais para um jogador extremamente técnico e habilidoso, que estava há muito tempo parado.
Desse jogo é isto, próximo post na quarta de manhã com o pré jogo de Colo Colo x Santos, até a próxima e, sempre, COM O SANTOS ONDE E COMO ELE ESTIVER!